Justiça nega habeas corpus a suspeito de matar enteada em Sorocaba

 

A mãe da vítima e também ex-mulher de Eduardo afirmou que ele era obcecado pela jovem e que ele perseguia a moça




O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou nesta terça-feira (30) a liminar da defesa do suspeito preso de envolvimento na morte da enteada, uma jovem de 24 anos que foi encontrada morta em um apartamento em Sorocaba, interior de São Paulo.

O suspeito é um advogado e está preso temporariamente após a Polícia Civil ter encontrado indícios da participação dele na morte de Anna Carolina Pascuin Nicoletti, vendedora e estudante. A moça foi encontrada morta no dia 13 de novembro na cama dela, em um apartamento do bairro Wanel Ville, com uma marca de tiro na cabeça. O texto conta com informações do g1.

De acordo com Marcelo Jorge, o advogado que atua a defesa do suspeito, o pedido se baseou na inocência de Eduardo de Freitas, que também é ex-padrasto da jovem.

“Eduardo é absolutamente inocente. Estudei todo o processo e não há provas consistentes que justificassem a prisão. Em nenhum momento ele se absteve e não fugiu e não fugirá da polícia. Essa prisão é baseada em lastros unilaterais de quatro testemunhas, que relatam situações inverídicas que foram surgir agora. Está tranquilo e sereno”, afirmou Marcelo.

Apesar do pedido da defesa, a Justiça decidiu manter a prisão temporária de Eduardo. Em entrevista ao g1, a mãe da vítima e ex-mulher do acusado, afirmou que o suspeito chegou a invadir a casa da família em Pilar do Sul e que ele era obsessivo. 

"Até entramos com uma medida protetiva contra ele. Depois disso, implorei para que ela se mudasse de Pilar do Sul. Era uma nova fase e ela parecia estar feliz", relatou Elaine Pascuin, mãe da jovem. Ana Carolina se mudou em janeiro deste ano para Sorocaba.

Durante os 15 anos em que manteve relacionamento com Eduardo, Elaine notou que o companheiro tinha uma superproteção pela enteada e no início de 2016 decidiu terminar a relação. No entanto, o homem não concordou com a partilha de bens e passou a perseguir a família.

“Ele falava que era dono de tudo. E, ao mesmo tempo que era agressivo, ele pedia perdão e dizia que juntos éramos a família perfeita. Foi aí que eu me mudei para Sorocaba com a minha filha, mas diante de tanta insistência, resolvemos manter uma relação amistosa e voltamos para Pilar do Sul. A Carol foi junto e começou a trabalhar no escritório de advocacia dele”, conta.

Apesar dessa tentativa, o relacionamento não se manteve e, pouco tempo depois, Eduardo foi acusado de praticar abuso sexual contra uma ex-funcionária dele, uma adolescente, que à época chegou a ser ameaçada pelo suspeito.

Crime de 'stalking'

Segundo informou a Polícia Civil de Sorocaba, o homem pode ser considerado um stalker - crime de perseguição, conhecido também como "stalking" (em inglês). Uma das evidências mostra que Eduardo chegou a se matricular na mesma faculdade onde Ana Carolina estudava.

Além disso, os depoimentos de parentes da jovem e de conhecidos sobre a suposta obsessão e sobre uma possível arma guardada na casa dele foram usados como base para p pedido de prisão temporária, que pode ser renovada por mais 30 dias ou convertida em preventiva.

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